Foi ontem a inauguração do aeroporto internacional de S: Pedro, em S. Vicente. O acto em si estava já rodeado de simbolismo, entretanto palavras não conseguirão traduzir a emoção que foi possivel ver nos olhos e nos gestos das pessoas de S. Vicente: cantavam, gritavam, aplaudiam, interrompendo os discursos das entidades!
Mais do que um simbolismo e o culminar de uma grande reivindicação da ilha, o aeroporto de S. Pedro representará sem dúvida uma oportunidade importante para a ilha, se se souber tirar partido dele, com visão, estratégia e empreendedorismo da classe empresarial. Plataforma importante de saída e entrada de bens e pessoas, o aeroporto será mais um instrumento para colocar SV mais próximo do mundo e abrir SV ao investimento!
Com uma intervenção clara, Inocêncio Sousa, demonstrou que a construção do aeroporto decorre de uma visão de desnvolvimento para a ilha e para o país. Zema reiterou e viu-se, no seu discurso, que há uma vontade federadora de aglutinar e de unir os caboverdianos em torno dos desafios do país, pondo de parte qualquer tentação de discursos de desunião ou de criação de fronteiras, quer físicas, quer psicológicas!
3 comments:
José Maria Neves disse que é difícil gerir um arquipelágo. É de facto ter cuidado com os discursos de desunião. Concordo a 100% com tudo isso é concordo também que "que há uma vontade federadora de aglutinar e de unir os caboverdianos em torno dos desafios do país!"
Isso tudo é bom. Isso tudo é óptimo. Mas e na prática ? E na prática o que significará esses discursos ? Relembremos que nos anos de independência o que foi feito na Cidade da Praia: Aeroporto de raiz. Expansão do Porto. Estradas e mais estradas. Campos de futebol pa tud Tchada. Auditório "Nacional". E mais não sei o quê mais ...
Ou seja na prática essa visão aglutinadora resume a fazer tudo e mais alguma coisa na Praia e de longe em longe fazer qualquer merdinha num outro local qualquer "só pa ca fca xato".
Portanto saimos da colonização de portugueses e passamos para colonização de badius.
E antes que venha aqui dizer que deve-se fazer tudo na Praia, porque é capital e ainda porque ai vive um quarto da população eu tenho a dizer o seginte: Eu acaso não pago impostos ? Todos os restantes caboverdeanos que não vivem na Praia não paguem impostos ? Ou os impostos desses valem menos que os que vivem na Praia ? Essa teoria de quantidade de pessoas que vive num determinando território quando usado para justificar políticas colonizadoras é perigo. Poderiamos citar os exemplos de Irlanda do Norte, do Pais Basco, Ilha de Córsega onde se recorreu a medidas extremas. Portanto é de facto ter preciso cuidado com as políticas. Nós somos tanto caboverdeanos como os que vivem na Praia. Se para sermos ouvidos for necessário ir para outros caminhos ...
Caro Anónimo,
acho que vc não tem estado muito atento ao que se tem feito, em termos de infra-estruturas, nas outras ilhas. De facto nota-se um esforço no sentido de dotar as ilhas de infraestruturas rodoviarias, portuárias e aeroportuárias que dêm resposta À visão estratégica que se tem do país!
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