25.6.09

Guiné-Bissau: o início de uma nova era?

A meu ver, a problemática na Guiné-Bissau carece de uma abordagem Institucional sim, e uma abordagem aos "grassroots" do conflito. Começar a construir o equilíbrio das instituições políticas e jurídicas; apostar no restabelecimento da ordem de forma intransigente; promover uma luta sem tréguas ao narcotráfico que tem corrompido as instituições e seus representantes; repor as liberdades e garantias fundamentais, nomeadamente as eleições, não surtirão efeito algum se não se atacar as “razões de base” do conflito, ou sejam, os conflitos tribais advenientes da relação dominador/dominado ao longo dos anos; reformar as Forças Armadas e pacificar as disputas aí existentes; apostar fortemente na educação da população com taxas de analfabetização grandes; promover um sistema de saúde que dê resposta, ou em poucas palavras, criar um ambiente de “paz estrutural” que dê tranquilidade à população e não a deixe à mercê de líderes políticos oportunistas que manipulam as legítimas ambições e aspirações do povo guineense.
Sem essas condições, a “nova era” na Guiné será eternamente uma miragem ou uma realidade ténue e efémera.

2 comments:

José Luis Neves said...

Eu sou muito céptico em relação ao futuro da Guiné Bissau. As coisas deterioraram-se de tal modo que o País acabou por cair num círculo vicioso da estagnação. Não há economia no País, não há educação e formação o que leva o País a estagnar-se. E como o País está estagnado não se investe na educação na formação e qualificação do homem.

Zezinho

Edson Medina said...

Por isso precisa-se de governantes serios, engajados com o processo de desenvolvimento da Guiné. Com visão estratégica e que sejam capazes de valorizar e rentabilizar as vantagens competitivas do país, trazendo ganhos, investimentos, recursos e a prosperidade.